Dieta vegetariana pode não ser tão saudável [se as escolhas forem erradas]
O trecho abaixo veio de uma reportagem da Folha cujo título é: "Dieta Vegetariana não é sinônimo de saúde, mostram estudos".
E a chave para o problema do vegetarianismo, mas principalmente do veganismo (não comem ovos nem laticínios), é justamente essa, ser vegetariano só é mais saudável do que ser onívoro* (o popular carnívoro) se a pessoa souber escolher os alimentos certos para compor a necessidade dos nutrientes que só são encontrados na carne ou que são mais abundantes nela. Vamos entender?
*Se alimenta tanto de produtos animais quanto de vegetais.
Pra falar sobre isso talvez seja interessante citar tudo o que a carne tem...
As carnes de todas as "cores" são riquíssimas em proteínas que em nosso estômago de quebram em aminoácidos para ao serem absorvidas se transformarem novamente nas proteínas que nosso corpo precisa.
Nenhum outro alimento é tão rico em vitamina B12, essencial para nosso organismo quanto a carne vermelha. Mas quem mais sofre com sua falta são os veganos que ainda não consomem ovos e laticínios.
Esse tipo de ferro é rapidamente absorvido pelo nosso intestino, ao contrário do ferro não heme, presente em vegetais verdes escuros, nos feijões e em outros vegetais, que precisam de vitamina C para ser absorvido.
Quando uma pessoa que come carne se serve de um bife de cerca de 70 g, ela está ingerindo proteínas, ferro e vitamina B12 suficiente para um dia saudável.
Mas quem não a consome deverá fazer várias combinações de alimentos para alcançar tal meta diária. A maioria dessas pessoas, sobretudo as veganas, usam suplementos para suprir as necessidades, principalmente de B12.
O problema da carne já começa em sua digestão. Sim, ela demora cerca de oito horas para percorrer todo o sistema digestório. Com todo esse tempo dentro do corpo a pessoa que a ingeriu sente sono e muitas delas um grande mal estar, mas isso não é uma regra.
Para aliviar tal sensação a dica é colocar pequenas porções de carne na boca e mastigá-las muito bem. O ideal é cerca de 20 mastigações.
É mito dizer que a carne apodrece dentro da gente. Uma coisa é deixar, por exemplo, um pedaço de carne fora da geladeira por oito horas e vê-la mudando de cor -- pior ainda se a temperatura estiver muito alta.
Outra coisa é o processo de digestão que dura oito horas no organismo recebendo ácidos e enzimas estomacais, pancreáticas, hepáticas e intestinais para que possa ser processada e então aproveitada pelo corpo. Certo?
Outro ponto negativo da carne é possuir excesso de hormônios e antibióticos. Os primeiros são usados para que o gado, frango, peixe, porco, etc. cresça mais (e renda proporcionalmente igual). Os antibióticos são usados para tratar doenças desses animais ou preveni-las. Animais mal tratados, criados em confinamento ou submetidos a muito estresse antes de serem abatidos também liberam hormônios, cortisol, adrenalina e outras substâncias.
O que você acha que acontece com todas essas substâncias presentes na carne dos animais? Vão pra dentro do nosso organismo sim senhor(a).
Salsichas, certos tipos de linguiça, mortadela, salame e outros frios muitos processados são conhecidos como embutidos e defumados contêm nitritos, nitratos, saborizantes, fosfatos e muito conservante como o sódio em excesso.
O transporte da carne deve ser feito em veículos refrigerados adequadamente, assim como seu estoque ou manuseio (do açougueiro, por exemplo).
Se nesse processo a carne apodrecer você acha que os donos dos matadouros e frigoríficos vão jogar tudo fora e perder dinheiro ou vão tentar disfarçar a aparência de seu PRODUTO de comércio? Isso mesmo! O que ele não dá para os filhos e netos dele comerem, coloca nas prateleiras dos mercados e nos açougues pra você alimentar sua família.
Como ele faz isso? Adiciona corantes, substâncias aromatizantes e ainda mais antibióticos para matar possíveis contaminantes.
Bom, como eu escrevi no início, você deverá ter em mente que deverá obter todos os nutrientes através dos vegetais e também de suplementos -- se for o caso.
Seu prato sempre deverá ter grãos (feijão, grão-de-bico, soja, lentilha, ervilha, vagem...) combinados com outras fontes proteicas.
O ferro presente nos vegetais deve ser consumido acompanhado de fontes de vitamina C. Já a vitamina B12 virá de levedo de cerveja em pó ou em forma de suplementos.
Mas voltando à matéria da Folha... Um dos estudos revelou (embora para mim e muitos dos leitores já fosse óbvio) que quem se alimenta de pouca carne e come vegetais variados e em abundância tem menos chances de sofrer de problemas cardiovasculares e outras doenças do que quem só se alimenta de vegetais mas não os sabe escolher corretamente e(ou) o consome de forma não saudável, como cozidos em excesso (destruindo fibras e perdendo vitaminas e minerais), cheios de manteiga ou óleos excessivamente aquecidos, ou ainda, abarrotados de açúcar e carboidratos refinados em excesso (açúcar, arroz, macarrão e pão branco).
Texto de Renata Fraia -- jornalista e farmacêutica especializada em nutrição, diretora do Saúde com Ciência.
➤Leia também: Tortura no matadouro: sofrimento dos animais
E a chave para o problema do vegetarianismo, mas principalmente do veganismo (não comem ovos nem laticínios), é justamente essa, ser vegetariano só é mais saudável do que ser onívoro* (o popular carnívoro) se a pessoa souber escolher os alimentos certos para compor a necessidade dos nutrientes que só são encontrados na carne ou que são mais abundantes nela. Vamos entender?
*Se alimenta tanto de produtos animais quanto de vegetais.
O que que a dieta vegetariana não tem que a carne tem?
Pra falar sobre isso talvez seja interessante citar tudo o que a carne tem...
Proteínas
As carnes de todas as "cores" são riquíssimas em proteínas que em nosso estômago de quebram em aminoácidos para ao serem absorvidas se transformarem novamente nas proteínas que nosso corpo precisa.
Vitamina B12
Nenhum outro alimento é tão rico em vitamina B12, essencial para nosso organismo quanto a carne vermelha. Mas quem mais sofre com sua falta são os veganos que ainda não consomem ovos e laticínios.
Ferro Heme
Esse tipo de ferro é rapidamente absorvido pelo nosso intestino, ao contrário do ferro não heme, presente em vegetais verdes escuros, nos feijões e em outros vegetais, que precisam de vitamina C para ser absorvido.
Sou vegetariano ou vegano e agora?
Quando uma pessoa que come carne se serve de um bife de cerca de 70 g, ela está ingerindo proteínas, ferro e vitamina B12 suficiente para um dia saudável.
Mas quem não a consome deverá fazer várias combinações de alimentos para alcançar tal meta diária. A maioria dessas pessoas, sobretudo as veganas, usam suplementos para suprir as necessidades, principalmente de B12.
O que é que a carne tem que não deveria ter?
O problema da carne já começa em sua digestão. Sim, ela demora cerca de oito horas para percorrer todo o sistema digestório. Com todo esse tempo dentro do corpo a pessoa que a ingeriu sente sono e muitas delas um grande mal estar, mas isso não é uma regra.
Para aliviar tal sensação a dica é colocar pequenas porções de carne na boca e mastigá-las muito bem. O ideal é cerca de 20 mastigações.
A carne apodrece no intestino?
É mito dizer que a carne apodrece dentro da gente. Uma coisa é deixar, por exemplo, um pedaço de carne fora da geladeira por oito horas e vê-la mudando de cor -- pior ainda se a temperatura estiver muito alta.
Outra coisa é o processo de digestão que dura oito horas no organismo recebendo ácidos e enzimas estomacais, pancreáticas, hepáticas e intestinais para que possa ser processada e então aproveitada pelo corpo. Certo?
Hormônios, antibióticos e que tais...
Outro ponto negativo da carne é possuir excesso de hormônios e antibióticos. Os primeiros são usados para que o gado, frango, peixe, porco, etc. cresça mais (e renda proporcionalmente igual). Os antibióticos são usados para tratar doenças desses animais ou preveni-las. Animais mal tratados, criados em confinamento ou submetidos a muito estresse antes de serem abatidos também liberam hormônios, cortisol, adrenalina e outras substâncias.
O que você acha que acontece com todas essas substâncias presentes na carne dos animais? Vão pra dentro do nosso organismo sim senhor(a).
Os vilões chamados embutidos e defumados
Salsichas, certos tipos de linguiça, mortadela, salame e outros frios muitos processados são conhecidos como embutidos e defumados contêm nitritos, nitratos, saborizantes, fosfatos e muito conservante como o sódio em excesso.
Mais alguns contras em relação às carnes
O transporte da carne deve ser feito em veículos refrigerados adequadamente, assim como seu estoque ou manuseio (do açougueiro, por exemplo).
Se nesse processo a carne apodrecer você acha que os donos dos matadouros e frigoríficos vão jogar tudo fora e perder dinheiro ou vão tentar disfarçar a aparência de seu PRODUTO de comércio? Isso mesmo! O que ele não dá para os filhos e netos dele comerem, coloca nas prateleiras dos mercados e nos açougues pra você alimentar sua família.
Como ele faz isso? Adiciona corantes, substâncias aromatizantes e ainda mais antibióticos para matar possíveis contaminantes.
E agora? Quero continuar comendo só vegetais. O que faço?
Bom, como eu escrevi no início, você deverá ter em mente que deverá obter todos os nutrientes através dos vegetais e também de suplementos -- se for o caso.
Seu prato sempre deverá ter grãos (feijão, grão-de-bico, soja, lentilha, ervilha, vagem...) combinados com outras fontes proteicas.
O ferro presente nos vegetais deve ser consumido acompanhado de fontes de vitamina C. Já a vitamina B12 virá de levedo de cerveja em pó ou em forma de suplementos.
Mas voltando à matéria da Folha... Um dos estudos revelou (embora para mim e muitos dos leitores já fosse óbvio) que quem se alimenta de pouca carne e come vegetais variados e em abundância tem menos chances de sofrer de problemas cardiovasculares e outras doenças do que quem só se alimenta de vegetais mas não os sabe escolher corretamente e(ou) o consome de forma não saudável, como cozidos em excesso (destruindo fibras e perdendo vitaminas e minerais), cheios de manteiga ou óleos excessivamente aquecidos, ou ainda, abarrotados de açúcar e carboidratos refinados em excesso (açúcar, arroz, macarrão e pão branco).
Texto de Renata Fraia -- jornalista e farmacêutica especializada em nutrição, diretora do Saúde com Ciência.
➤Leia também: Tortura no matadouro: sofrimento dos animais

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